Morning Gallo #0180: mercados operam no terreno negativo repercutindo preocupações com crescimento econômico global

Central do Investidor - Mercado Financeiro, Política, Geopolítica, História e Economia

As ações asiáticas encerraram a quinta-feira em baixa generalizada, mesma direção apontada pelos recém abertos mercados europeus e os futuros em Wall Street, com os rendimentos da dívida americana avançando em meio à preocupação de que a forte inflação e a política monetária mais agressiva do FED, podem desacelerar ainda mais a economia global.

As ações caíram no Japão, Austrália, China, Coreia do Sul e Hong Kong, ainda que as notícias de que as autoridades chinesas estariam debatendo reduzir a quantidade de tempo de quarentena para as pessoas que entram no país, ajudaram a conter as quedas.

Os investidores seguiram cautelosos com a desaceleração do crescimento e o aumento dos casos de Covid na China, enquanto observam o congresso do partido comunista chinês, que se reúne duas vezes por década em Pequim.

Enquanto isso, no Japão, o rendimento de 10 anos novamente ultrapassou o limite superior de 0,25% da meta do banco central, levando-o a anunciar compras de títulos não programadas para controlá-lo novamente.

Somando-se ao desafio para os formuladores de políticas, o iene foi negociado em níveis vistos pela última vez em 1990 e permaneceu a um fio da marca principal de 150 em relação ao dólar, que mantém os investidores atentos para uma possível intervenção do governo para reforçar sua moeda.

Os rendimentos dos títulos do governo saltaram mais de 10 pontos-base na Austrália, com os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA próximos das altas recentes. O rendimento do Tesouro de dois anos, mais sensível à política monetária, se encontra próximo do maior valor desde 2007.

O presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard , disse esperar que o banco central encerre seu "adiantamento" de aumentos agressivos nas taxas de juros no início do próximo ano e mude para manter a política suficientemente restritiva com pequenos ajustes à medida que a inflação esfrie.

Espera-se, portanto, que o Fed eleve as taxas de juros em 75 pontos-base em sua reunião de 1 a 2 de novembro - seu quarto aumento consecutivo desse tamanho - enquanto os bancos centrais buscam esfriar a inflação mais quente em quatro décadas.

Por aqui, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança na disputa pela Presidência da República com 49% das intenções de votos, ante 45% do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, 19. Pela primeira vez, os dois estão tecnicamente empatados no limite da margem de erro.

A amostra indica que há 4% de votos brancos ou nulos e 1% de indecisos. Os votos válidos, que excluem brancos e nulos, apontam o petista com 52% e Bolsonaro, 48%.

Lula manteve os mesmos 49% dos últimos três levantamentos. Bolsonaro oscilou um ponto porcentual para cima em comparação à pesquisa anterior, do dia 14 de outubro.

Metade (50%) dos brasileiros dizem que não votam no presidente de jeito nenhum — ele segue liderando no índice — enquanto 46% rejeitam o petista. A reprovação do governo é de 39% enquanto 38% aprovam a gestão. 22% dos entrevistados dizem que Bolsonaro faz uma condução regular.

O número de pessoas certas do voto oscilou positivamente um ponto e chega aos 94%. Apenas 6% dizem que a decisão ainda pode mudar. 94% dizem que irão votar em Lula enquanto 95% selaram a escolha por Bolsonaro.

Contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, a pesquisa divulgada nesta quarta-feira foi realizada entre 17 e 19 de outubro e entrevistou 2.192 eleitores presencialmente em 181 cidades. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-07340/2022. A margem de erro é dois pontos para mais ou para menos.

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